Transformando uma empresa com metacognição, feedback assertivos e liderança alfa.
Dentre os problemas enfrentados diariamente por diversos gestores é falta do uso da metacognição, feedback assertivo e o uso exagerado da dominação racional pela alta direção. Ou seja, as pessoas sofrem desse mal sem saber o porquê. O problema desse desconhecimento, e devido a dominação racional que incorporamos da alta direção, muitas vezes fazem com que esse comportamento ruim seja transferido ao subordinado.
A era industrial atual não é mais aquela de tempos passados, em que existiam capatazes que chefiavam um grupo de trabalhadores, uma chefia autoritária, agressiva, indiferente, ambígua e insegura. Atualmente esse tipo de chefia não é mais tolerada, muitas pessoas mudam de emprego por conta dessa cultura ultrapassada. Nos tempos atuais, cada vez mais as pessoas buscam por líderes e não chefes. Uma simples consulta no Google atrás dos termos “chefe” (figura 1) e “líder” (figura 2) provam matematicamente que as pessoas buscam 324% a mais sobre o termo “líder” do que “chefe”. Ou seja, 347 milhões de resultados para o termo “líder” e 81,9 milhões de resultado para o termo “chefe”, demonstrando claramente como o último termo está ultrapassado.
Para quebrar esse ciclo, temos a metacognição do líder que está ligada à consciência e ao controle próprio da cognição. Ou seja, é o ato de apreender o processo de aprendizagem, apropriando e controlando os recursos internos e automáticos do cérebro reptiliano. Para (Paiva e Gonçalves, 2022) não existe liderança autêntica sem metacognição.
Um feedback ruim dado por um superior a seu subordinado pode ser interpretado como uma ameaça, reduzindo a capacidade cognitiva e ativando mais seu cérebro reptiliano. Por outro lado, a falta de um feedback apesar de não trazer uma ameaça imediata e direta, faz com que o subordinado fique desanimado, sem interesse de agir ativamente, agindo apenas reativamente. Ambas as situações podem levar a uma quebra de confiança do subordinado ao seu superior.
A dominação racional pela alta direção das empresas prejudica a liderança autêntica, ser apenas cumpridor de regras não torna um superior em líder, muito pelo contrário, torna-o distante da relação com seus subordinados, tornando-os desmotivados e desimaginativos.
Como solução proponho o uso do modelo SCARF® (Rock, 2008) para desenvolvimento da liderança, a metacognição do líder para o aumento da consciência e autocontrole da cognição, a liderança alfa com uso da metacognição e o aumento da empatia para melhorar o relacionamento com seus subordinados, gerando assim melhorias no ambiente e cultura empresarial.
Referências:
PAIVA, Andréa; GONÇALVES, Robson; Neurobusiness: fundamentos, performance e resultado, 2022; Fundação Getúlio Vargas;
GOOGLE; Resultado da pesquisa da palavra “chefe”; URL: https://www.google.com/search?q=%22chefe%22 - acessado em 09/07/2022;
GOOGLE; Resultado da pesquisa da palavra “líder”; URL: https://www.google.com/search?q=%22chefia%22 - acessado em 09/07/2022;
ROCK, David; Your Brain at Work, Revised and Updated: Strategies for Overcoming Distraction, Regaining Focus, and Working Smarter All Day Long; Kindle, páginas 236, 237 e 238;
__________; SCARF: a brain-based model for collaborating with and influencing others; URL: https://schoolguide.casel.org/uploads/sites/2/2018/12/SCARF-NeuroleadershipArticle.pdf - acessado em 09/07/2022.




